quarta-feira, 12 de agosto de 2009

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Foi o dia em que o sol mais lançou seus raios: que mais irradiou. Não, não quer dizer que foi um dia quente, mas foi um dia eseencialmente iluminado, de muita luz. Os de íris mais sensíveis sentiram um breve cegueira, um estalo de não mais ver por minutos. E não era trocar o colorido pelo preto dos olhos fechados, mas por um branco cintilante que se tornava irremediavelmente azul brilhante e celeste. Afinal, são de cores do céu que estamos falando. Outros, de organismos radicalmente adaptáveis, passaram a ver tudo num tom amarelado, ou igualmente azulado celestialmente, e seus olhos remelavam sem parar durante as primeiras horas do dia, tanto que nenhum banho conseguia limpar-lhes as pálpebras, e nenhum dos lenços vendidos aquela tarde, não se sabia mais se em padarias ou em farmácias, pois o nome era alocado logo no alto das lojas, e as pessoas evitavam olhar para cima, conseguiam submeter. Era o hábito de terem nas retinas muito maior incidência da luz solar, do que o normal.
E as sobrancelhas, afinal, se lançavam numa tensão final, assim como os bochechas inchavam avermelhadamente. E fechavam os olhos de quem ainda enxergasse, para que ainda menos luz entrasse. E, tensionados os rostos, adquiriam uma aparência estranha de caretas de deuses africanos espantadores de espírito. Da mesma forma, espantavam-se as próprias pessoas, até o ponto em que todas observaram que todas estavam assim, e se reconheciam naqueles rostos propositadamente inchados.
Sabe quando pedem para você escrever um conto? Sim, quando te encomendam uma história qualquer com personagens, em um cenário único e com rápido desenvolvimento. São os compradores de história.

Eu neguei um deles, e me deixei tornar aflito por tantos segundos, pois privei alguém de ter uma história contada ao pé do ouvido, ou de tentar remediar as irremediáveis angústias e aflições do dia-a-dia.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Diário de um dia indefeso e pequeno miniconto ensaítico da eroticidade daqueles pubianos escondidos

Primeiro upload de palavras. Acabo de chegar do primeiro dia do primeiro trabalho, e louco para chegar aqui, e escrever para alguém, para quem quer que seja, sem ter que pensar em veracidade dos fatos, nas pessoas que vão ler isso de qualquer forma, se terei escrito bem ou não, se ficarei satisfeito com o resultado. O trabalho no jornal é um lido diário com pessoas, uma atividade extremamente política - inclusive consigo mesmo.

Não sei se isso é o que define meu dia hoje, já muitas coisas aconteceram; mas acho que minha expectativa foi toda em torno disso, e me sinto, adrenalíticamente (aqui há espaços para incríveis e ilimitados neologismos! =} ), numa luta diária, numa avivante expectativa em cima de mim, dos meus colegas, e dos meus editores.
Mas tenho e temo outras percepções para minha vida. Como, por exemplo, parar para pensar no que estudar para definir o tema para a minha fotografia, ops!... para a minha monografia (o sono já está dando os primeiros sinais de sua atuação no meu organismo). Já estava já pensando isso em outro blog meu, que acabei de deletar - pois, para fazer o upload de uma música, tinha que fazer um subscribe upload, um c**** desses que nem sei o que é!, então decidi vir para o blogspot ver se as coisas mudavam - indicando temas que eu mais gosto em comunicação. Vamos lá!
Cultura Popular
Cultura das mídias
Cultura popular urbana (esse título me dá adrenalina)
Jornalismo Literário
Gabriel García Marquez, Nelson Rodrigues
Porra, vou tentar juntar tudo isso numa gororoba só.
Sem juízo mesmo; acho que vou acabar com um conto.

Era uma turma daquelas que se encontravam debaixo dos pés de castanhola no final da tarde, quando os raios passam por entre as frestas das folhas, e ilumina queimando a pele daqueles garotos e meninas. Pareciam, então, uma fotografia tirada de uma Lumo, daquelas queimadas, que parecem ser dos anos 80. Belos anos 80, loucura de músicas, época dos rabos de cavalo e calças de cóis lá pertinho do umbigo. Não, com elas não dava para ver os excitantes pêlos pubianos, nem os dos meninos, que tanto o excitavam, mas não sabia, não sabia porque os pêlos dos meninos o excitavam, mesmo que nos outros meninos os pêlos das meninas é que excitassem. Mas viviam numa rubra loucura que de tão grande, pareciam não se importar com isso, com essa realidade. Era possível, talvez, que entrassem numa alegria estupenda de cigarros de cannabis ou de lsd's coletivos, que entrariam em sintonia máxima, inclusive sexual, e se dariam uns aos outros em pleno sexo ao calor da lumo castanhola. Então os pêlos pubianos, de todos, apareceriam, inclusive de meninas e de meninos, cujos pêlos tanto o excitavam, mesmo que os pêlos pubianos dos meninos e os pêlos de seus corpos e peitos e coxas e virilhas só se excitassem com os pêlos pubianos das meninas, e não se saberia mais de quem seriam os pêlos, numa profusão de amigos embebidos numa câmera lumo debaixo de pé de sol. E todos os pêlos excitados. (talvez continue)