quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Links da mesa

Sim, só para constar

Quem esteve presente à primeira mesa do VI Colóqui Rumos de Jornalismo Cultural - Convergências, foram produtores de blogs e portais de caráter alternativo:

www.canalcontemporaneo.art.br - Patrícia Canetti
www.overmundo.com.br - Marcelo Zacchi
www.garapa.org (esse foi o que mais gostei, a página é bem clean, em relação aos outros) - Paulo Fehlauer


Deem uma olhada e deem uma sacada!
;)

Vovó ainda assiste tv

Bem,

Tow começando a achar que, apesar do tema ser convergência e o colóquio ser sobre jornalismo cultural, esse assunto será debatidomuito pouco . Os espaços, até agora, parecem mais uma forma de fazer apologia à internet, defendê-la, falar dela como o novo salvador da liberdade de expressão e da democracia da notícia e da cultura do mundo. Parece aquela coisa mcluhaniana de aposta total em cima das inovações tecnológicas, como discutíamos no Mídia Ativa.
As novas mídias não vão salvar o mundo. Assim como a televisão e o rádio, a internet apresenta suas ferramenteas, inclusive em paralelo com estas outras mídias, que estão longe de acabar - embora os defensores da internet avisem sobre seus passos derradeiros. Nesse sentido, a internet é nada mais que uma ferramenta, que dependerá apenas de quem a utiliza, de quem com ela trabalha para mudar algumas coisa. Politicamente, continuamos na mesma situação de quando a tv ou o rádio começaram a se pacificar, então, poucas são as possibilidades de reais mudanças com a internet hoje em dia.
Na minha opinião, o colóqui deveria discutir muito mais a produção de conteúdo do jornalismo cultura na (ou da) internet, e não apenas elogiá-la sem qualquer desconfiança. O vislumbre é grande, mas a iniciativa de mudança ainda é pouca.
Vovó ainda assiste tv, sentada no sofá. E bate palmas para o Sílvio Santos no domingo de tarde.

Primeiro dia do Rummos Jornalismo Cultural - SP

Olá galera

Hoje foi dado início ao Colóquio Rumos Jornalismo Cultural. De manhã, tivemos um espaço de abertura, com apresentação de quem havia ganho o prêmio e tal, tal, tal. Houve uma roda de diálogo com a jornalista Célia Guimarães, que é correspondente em NY do estadão. Mas acabei nem prestando tanta atenção, porque tava ansioso. Agora à tarde, começaram os espaços abertos ao público.
O tema discutido foi "Novas referências: a esperiência dos coletivos". Gostaria de comentar e falar sobre alguns pontos importantes que foram discutidos.

Atualmente o espaço colaborativo dentro da internet (blogs, sites, portais, etc...) é uma das principais alternativas de contraposição à grande mídia. Essa, por questões de limitação logística, acaba reportando apenas os espaços de cultura local, e o público é reduzido também à nível local, saca. Quando começa-se a trabalhar com a internet, possibilita-se o espaço de troca de intercãmbio de informações através dos colaboradores. Os textos, assim como fotos e vídeos, podem ser (re)produzidos por pessoas de qualquer espaço do país (ou mesmo do mundo), abordando assuntos de todo o espaço. Isso é exposto na internet, e o conteúdo passa a ser disponibilizado para pessoas de todo o mundo, isso em um canal na internet, como um portal ou um blog, de natureza independente (nem sempre é assim, venhamos e convenhamos! =P) Assim, uma pessoa do Rio Grande do Sul pode conhecer mais sobre o rock do Amapá, ou os soteropolitanos podem sacar mais sobre os coletivos de teatro de Manaus. Uma coisa assim. Acho que, nesse sentido, há a possibilidade de diálogo maior entre as atividades culturais de todo o Brasil, as pessoas podem conhecer mais sobre as culturas de seu país, contra as limitações logísticas do jornalismo convencional. Inclusive, quando jornais se dizem nacionais, como O Globo ou o Estadão, mas tratam apenas sobre temas locais, no eixo Rio-SP-BH (e que são "nacionalizados" por eles).
Fotografia em Coletivo
Houve um pequeno debate sobre a questão da fotografia sendo assinada por um coletivo, e não necessariamente pelo fotógrafo que deu o clique. A grande questão é que, atualmente, em se trabalhando dentro de uma grupo de pessoas, o trabalho com a fotografia não é apenas do fotógrafo. Há quem produz o ensaio, ou possibilita o acontecimento das fotos; há o próprio fotógrafo, há quem modela e trata as imagens, e há quem divulga numa determinada página na internet. Nesse sentido, o trabalho é de todos, e o pessoal da mesa todo concordou que, por isso, a atribuição aos créditos das fotografias deve ser de todo o coletivo.
Espaço de Legitimação
O que trouxe bastante polêmica no final desse espaço foi o grau de legitimação no cenário social dos blogs e portais "indepoendentes" de jornalismo cultural. Isto é, se atualmente, são ainda as grandes mídias que legitimam determinado artista dentro do imaginário das pessoas, ou os canais alternativos também são capazxes de legitimar esses artistas. Todos os que estavam na mesa concordaram que sim, os portais e blogs conseguem atuar como agentes legitimadopres de cultura. Eu, particularmente, não concordo. Não dá para negar ainda o poder de legitimar das grandes mídias, de indicar o que escutar ou quem lê para o público leitor (de vpideos, textos, fotografias...), por mais que isso seja meio "monopolítico".

Agora tow indo para mais um espaço. Depois nos falamos!