domingo, 29 de agosto de 2010

Necessidade de sair de casa me espanta.

são por volta das 23h30 da noite, e me toma uma vontade louca de tomar um cigarro entre os dedos e tragá-lo. Tragá-lo muito, várias vezes, fortemente, sentir a fumaça passar pela garganta, prendê-la, e depois vê-la sair leve e dispersa pelos meus lábios.

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Como escrever bem? Acho que fico me perguntando isso o tempo todo: como posso escrever ou escrever melhor? Como posso escrever literariamente: usando metáforas, fazendo descrições, mas descrevendo o quê? Que tipo e que informações trazer no texto? Como fazer dele algo interessante ao leitor? Procuro infinitamente a melhor forma de escrever. Mas com o jornalismo é diferente: o texto não é necessariamente o principal, como acontece com a literatura (embora ele também possa adentrar essa campo); por trás do texto, ou melhor, para chegar ao texto, é necessário todo um trabalho de cão: pesquisar, apurar, planejar, fazer esqueletos e montar projetos de texto, saber dialogar e conversar nas entrevistas, e que informações pegar, buscar um furo, algo novo que traga novidade ao seu texto, buscar imagens e narrativas, para então, editando tudo aquilo com o qual você teve contato, traduzir tudo em palavras.
Mas o pior vem depois: a reação das pessoas, ou a indiferença das pessoas, ou não saber o que as pessoas acham. Acho que, nesse sentido, sou um tanto egoísta e vaidoso: quero escrever um texto magnífico, que todos adorem. Esse é meu grande sonho.

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O sol nas bancas de revista, me enchem de alegria.
eu vou lenço sem documento, tomando coca-cola.