domingo, 16 de setembro de 2012

Nem tanto assim

Engraçado como parece que você precisa de uma certa aceitação da comunidade para se sentir bem, no relacionamento. Como se os senhores e as senhoras que você encontra na rua, como se a família que pode te ver da sua janela ou da sua varanda, como se os donos dos bares e das mercearias perto de sua casa, como se fosse necessário que todos eles demonstrassem ou dissessem aceitar e respeitar de fato sua comunhão para que você se sinta bem e tranquilo em acessar e comunicar e viver uma relação ou um gostar, do mais simples que seja. Na verdade, não precisam falar, afirmar, mas viver e conviver. Não achar que um beijo ou um abraço ou um cafuné de um homem em outro, ou de uma mulher em outra, ou de um homem e uma travesti, ou de um travesti e uma mulher, ou de um travesti e um homem, ou de uma travesti e uma mulher, ou de transexuais, ora, de que gênero for, é algo estranho, vergonhoso ou bizarro. Não precisa de muito.