segunda-feira, 25 de abril de 2011

Seu sexo ereto e segurança




É no meio da insegurança que encontramos segurança. Essa não é nunca a mesma se não colocada à prova. Segurança sem provas é medo desesperadamente maquiado. Ali, entre rolas, xoxotas, peitos, pés, bocas, desejo e suor, tinha só olhos para ele. Do meu lado, eu ao lado dele, e aos nossos lados, corpo deliciosos e deliciados em plena orgia, num sofá pequeno de meia lua na parede. Eram corpos de sexo, sem roupas, ou acessórios; corpos plenamente quentes, brancos e morenos e negros, de tons quentes à meia luz da sala de curtas luzes. O corpo dele também era quente, seu sexo latejava, seu sexo era meu conhecido, sabia-lhe os toques, os prazeres e o gozo. Era nele que mirava: nele, no seu sorriso, seu olhar e no seu sexo. Ali, ereto, levantado, aos meus olhos e boca, ele me o oferecia. Eu, com dengo, charme e desejo de casal, aderi e qui-lo. Sorriu e eu sorri, com seu sexo entre meus lábios.

sábado, 2 de abril de 2011

Amanhecendo no táxi

Já saímos de táxi, de madrugada.
Olhávamos, de rosto inchado, o céu e suas cores, a luz que teimava em arranhar as pupilas. E nosso olhos sujos, vermelhos, inchados eram marcas da madrugada que havíamos pecado juntos. E nisso, havia um quê de divino, de mágico. Pois, se entre as quatro paredes do motel, poderíamos estar juntos e nos abraçarmos e sermos lindos um com o outro, ali fora isso era crime e pecado. E nossa paixão, nossa cumplicidade ali disfarçada era um segredo, que só se dissipava quando nossos olhares se encontravam no meio da rua, no corredor das exposições, no caminho do ônibus. Ou, naquela manhã inquieta, nos caminhos do táxi até em casa.