sexta-feira, 22 de julho de 2011

Chuva de Jambo


Em tempo de chuvas, jambo nas ruas. Seria de se pensar que o que chove não é água, mas jambos. Como se o que despencasse o tempo todo, como se aquilo que ouvíssimos bater no telhado de madrugada ou no zinco da cobertura da garagem fosse jambos, um grupo de jambos, uma colméia de jambos, meteoros de jambos, que exalam no ar um cheiro doce e vermelho, e cujas polpas, pisadas e amassadas nos pontos de ônibus e calçadas de frente de casa, formam um tapete branquíssimo-avermelhado-com-pitadas-de-verde-das-folhas-caídas.
Se nossa lógica analisa, reflete e observa as ações humanas e da natureza através de causas e consequências, se lemos os acontecidos através das marcas por eles deixadas, afirmo e reitero que choveu jambo na rua de cima da minha casa.

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