domingo, 17 de julho de 2011

Quem somos nós, agora?

Quando você acaba um relacionamento, as coisas se desbancam.
Quando se está namorando, há sinais de carinho, atenção e companheirismo, tais quais, ligar todo dia, falar do cotidiano, se ver assim que possível, conversar, conversar, conversar, e trepar. Também são sinais de afeto, de proximidade, e, por que não, de amizade.
Quando se acaba um relacionamento, e ambos decidem permanecer amigos, há um série de transições a serem feitas, sendo a primeiras delas a questão do afeto. Há, sim, tesão, mas ele deve ser deslocado para um carinho, um afeto mais ameno, menos um desejo que uma amizade. No entanto, talvez o pior esteja nas pequenas coisas: deixar de se ver ou se ver bem menos a partir de então, não se ligar todos os dias, não adentrar o cotidiano e o íntimo do outro. São vontades inerentes do afeto, mas que são castradas para que você mesmo não se magoe. O momento não é fácil.
Quando a gente senta para conversar, quem somos nós?

Nenhum comentário:

Postar um comentário